Papa Francisco: “Nas tentações, é preciso invocar Jesus. Jamais dialogar com o diabo!”
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Para os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro neste domingo (28/01), o Papa Francisco comentou o Evangelho deste 4º Domingo do Tempo Comum, que narra Jesus enquanto liberta uma pessoa possuída por um “espírito mau”.

(Foto em destaque: Papa na janela do apartamento pontifício com jovens da Ação Católica Italiana / Vatican Media)

Assim faz o diabo, explicou Francisco: quer possuir para “nos aprisionar a alma”. E nós devemos estar atentos às “amarras” que nos sufocam a liberdade, porque o diabo sempre nos tira a capacidade de escolher livremente. O Pontífice então nomeia algumas correntes que podem prender o coração, como as dependências, os modismos e a idolatria do poder, “corrente muito ruim”. Todas essas insídias nos tornam escravos, sempre insatisfeitos, levam ao consumismo e ao hedonismo, que mercantilizam as pessoas e comprometem as relações, gerando inclusive conflitos armados.

Jesus veio para nos libertar de todas essas amarras, com um detalhe: jamais dialoga com o diabo!

Jesus liberta do poder do mal, mas – estejamos atentos -, expulsa o diabo, mas não dialoga com ele. Jamais Jesus dialogou com o diabo. E quando foi tentado no deserto, as respostas de Jesus eram palavras da Bíblia, nunca o diálogo. Irmãos e irmãs, com o diabo não se dialoga! Cuidado: com o diabo não se dialoga, porque se você começar a dialogar, ele vence. Sempre. Cuidado.

Invocar Jesus!

E quando nos sentirmos tentados e oprimidos, indicou o Papa, é preciso invocar Jesus, invocá-Lo ali, onde sentimos que as correntes do mal e do medo apertam mais forte.

Também hoje o Senhor deseja repetir ao maligno: “Saia, deixe em paz aquele coração, não dividir o mundo, as famílias, as nossas comunidades; deixe-as viver serenas, para que ali floresçam os frutos do meu Espírito, não os seus, assim diz Jesus. Para que entre eles reinem o amor, a alegria, a mansidão, e no lugar de violências e gritos de ódio, haja liberdade e paz, respeito e cuidado para todos”.

Francisco então propõe algumas perguntas aos fiéis: eu quero realmente me libertar daquelas amarras que me apertam o coração? E depois, sei dizer “não” às tentações do mal, antes que se insinuem na alma? Por fim, invoco Jesus, Lhe permito agir em mim, para curar-me por dentro?

“Que a Virgem Santa nos proteja do mal”, foi a invocação final.

Um agradecimento aos jovens da Ação Católica

Posicionados ao lado de Francisco na janela do Palácio Apostólico, para o Angelus dominical, uma menina e um menino da Ação Católica de Roma leram uma carta na qual expressam, por ocasião da tradicional Caravana da Paz, a sua educação para cultivar a paz e cuidar da casa comum, bem como seu carinho pelo Bispo de Roma.

Na carta preparada para o Papa Francisco, os jovens recordam que todos os anos, ao seu lado, renovam o desejo de paz para toda a cidade e para o mundo inteiro. “Nestes dias – dizem – é difícil pensar na paz, muitas guerras são travadas também perto de nós: parece que ninguém se importa em fazer a paz. Nós, pelo contrário, queremos estar do lado da paz, tentando apagar, no pouco que podemos fazer, o fogo do ódio e da violência”.

Francisco agradeceu pelo empenho dos jovens: 

Obrigado pelo seu compromisso com a construção de uma sociedade melhor.

Sobre a hanseníase, doença que atinge os mais pobres e marginalizados

Neste domingo (28), celebra-se o Dia Mundial contra a Hanseníase, comemorado internacionalmente todos os anos no último domingo de janeiro, com o objetivo de aumentar a conscientização pública sobre a hanseníase ou doença de hansen.

Após o Angelus, Francisco também encorajou as pessoas que assistem os doentes de hanseníase:

Celebra-se hoje o Dia Mundial dos doentes de hanseníase. Encorajo todos os que estão comprometidos no resgate e na reinserção social das pessoas afetadas por esta doença que, apesar de estar em declínio, continua a ser uma das mais temidas e atinge os mais pobres e os mais marginalizados.

(Fonte: Vatican News)