26º Domingo do Tempo Comum

Diác. Reginaldo de Castro
Paróquia Sagrada Família
Lembra-se do que os políticos prometeram para o povo nas últimas eleições? Promessas, muitas promessas. pouca ação.
Muitos noivos no altar do casamento prometem viver o amor. Depois?
Alguns pais e mães prometem conviver mais com os filhos, mas fica só em palavras.
Também há filhos que fazem muitas juras aos pais da boca pra fora… Nós também assumimos diversos compromissos com Deus, com a comunidade e conosco mesmo, e muitas vezes não cumprimos. Nosso mundo está cheio de promessas vazias.
Será que não parecemos um pouco com o filho mais velho do Evangelho?
Na parábola de hoje temos um “não” que se transforma num “sim” e um “sim” que se torna um “não”. são os que “dizem” e os que “fazem”.
A parábola é uma resposta à eterna pergunta: quem é amigo de Jesus?
Vejamos:
•Os dois filhos simbolizam duas classes sociais: os bons e os maus.
• O filho que diz “sim” representa os que se consideram justos, os observantes da lei, são os que se dizem cristãos mas não vivem a justiça…
• O filho que diz “não” é o representante da classe dos pecadores, os que não seguem a lei de Deus. são os rejeitados da sociedade que muitas vezes fazem a vontade de Deus e na prática seguem a Jesus de verdade.
• A vinha é o reino de Deus, que começa aqui com uma sociedade mais justa e fraterna. no céu será a realidade completa.
• Os cobradores de impostos e as prostitutas são os marginalizados do povo de Jesus. Hoje são todos aqueles que a sociedade despreza e marginaliza.
não é fácil a gente praticar o que diz, manter a palavra dada.
Alguns fariseus não tiravam o nome de Deus da boca, mas estavam longe de fazer a vontade de Deus. Por outro lado, havia pecadores que não conheciam e nem praticavam as 366 leis, mas terminavam fazendo a vontade de Deus.
A tentação hoje não é a mesma? Entre nós há alguns que andam com roupas bem compostas, sabem muitas passagens da bíblia de cor, frequentam cursos de atualização, rezam muito, não bebem e não fumam… mas não querem saber dos que estão lutando pelo bem da comunidade, pois estão sempre fechados em seus próprios negócios e interesses.
O contrário também acontece. há pessoas que quase nunca vão à Igreja, mas lutam pela justiça e tratam os outros como irmãos.
Há ainda os que participam da igreja e unem maravilhosamente fé e vida, ou seja, colocam em prática as exigências do Evangelho.
Se tivermos sido educados para a mentira, dizemos “sim” só da boca para fora, terminamos fazendo como queremos, por isso, pessoal e comunitariamente, precisamos nos educar para a autenticidade. Isto se revela num clima de fraterna confiança, de sinceridade e transparência.
Não caiamos na tentação de querer agradar a todos de qualquer forma.
O impossível não podemos fazer. Para que mentir?
Busquemos o essencial de nossa vida: fazer a vontade de deus aonde atuamos.
Amém!