Francisco: não se usa o nome de  Deus para aterrorizar as pessoas
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A “Fraternidade Humana” é o valor que o Papa e o Grão Imame de Al-Azhar, Al-Tayyeb, oferecem como inspiração universal para aproximar e fazer compreender quem e aquilo que é considerado muito diferente, por credo e cultura, para poder fazê-lo. Uma forma sustentável porque essencialmente solidária.
Fraternidade que, se vivida, exclui a violência que transforma o sentimento religioso em um alvo. Como o são no mundo, somente entre os cristãos, pelo menos 300 milhões de pessoas.

A fé não deve ser instrumentalizada

Este é um tema muito caro ao Papa, que em seu tweet para o Dia da ONU dedicado a homenagear “as vítimas de atos de violência de religião ou crença”, repete com clareza usando as palavras do documento de Abu Dhabi: “Deus não precisa ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para aterrorizar as pessoas. Peço a todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego.”

“Em frente na fraternidade”

O conceito, do Papa havia expresso, entre outras coisas, em termos semelhantes em fevereiro passado, com a mensagem de vídeo enviada a Abu Dhabi um ano após a assinatura do “Documento sobre a Fraternidade Humana”.
Aquele, disse Francisco, foi “um grande acontecimento humanitário”, o sinal de esperança “por um futuro melhor para a humanidade, um futuro livre do ódio, do ressentimento, do extremismo e do terrorismo, no qual prevalecem os valores de paz, amor e fraternidade”.
O presente e o futuro, eram seus votos, são um tempo e um espaço para “todos os modelos virtuosos de homens e mulheres que personificam o amor neste mundo por meio de ações e sacrifícios feitos pelo bem dos outros, não importa quão diferentes sejam por religião ou por pertença étnica e cultural”.
“Peço a Deus Todo-Poderoso – concluiu Francisco – que abençoe todo esforço que beneficie o bem da humanidade e nos ajude a seguir em frente na fraternidade”.

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