Ednan e A Federação
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Figura quase indissociável na trajetória do jornal, Ednan Mariano foi diretor e jornalista responsável por 32 anos, uma era marcada por mudanças significativas no layout do semanário e pela sua integração à cidade, como meio noticioso, além de veículo de divulgação da Igreja.
Ednan Mariano Leme da Costa nasceu a 8 de junho de 1918 em Santa Rita do Passa Quatro, Dedicou-se ao jornalismo desde a juventude, morando em São Paulo, onde foi crítico de arte e literatura. Frequentou Itu desde 1943 e se casou aqui com a Sra. Nenita da Silveira (1948), mas continuou vivendo em São Paulo por muitos anos. Tiveram quatro filhos. Mudou-se para Itu nos anos 1960. Foi um dos idealizadores da Sociedade Amigos da Cidade de Itu, seu presidente por muitos anos. Foi diretor e jornalista responsável de diversos periódicos na cidade, entre eles, Gazeta de Itu, Voz de Itu, Itu, Candango, Trabalhador, Tribuna Ituana e Imprensa Oficial do Município. Guardou o acervo do cronista Francisco Nardy Filho e o doou ao Museu Republicano Convenção de Itu.
Tão logo Ednan deixou a assessoria de imprensa da prefeitura, assumiu a direção deste jornal. (21.10.1972)
Além do noticiário, Ednan respondia por diversos espaços n’A Federação, dedicado à temática artística e de memória. Estudioso da história do jornalismo, era frequente ao escrever sobre este tema. Trouxe muitos colaboradores diferentes, tornando o jornal muito dinâmico, interessante, diversificado, sem perder o lastro de difusor da fé católica.
Ednan foi jornalista responsável até 04.03.2006 e jornalista emérito até o seu falecimento, a 12 de janeiro de 2007.
Em 09.02.1974, o professor Jorge Luís Antonio se tornou redator do jornal por alguns meses, com a saída de João Navarro. Estudioso de linguística e da biografia do pintor Almeida Jùnior, Jorge colaborou n’A Federação por muitos anos, sobretudo em edições especiais. No segundo semestre de 1974, quem assumiu a redação foi o prof. Rogério Lázaro Tocheton.
Ituano, nascido a 04 de fevereiro de 1920, Zinho, como Tocheton era chamado, foi congregado mariano, na juventude. Trabalhou como professor e diretor de escolas em Itu, mas teve atividade social significativa, desde a juventude, quando presidiu o Grêmio Estudantil no Regente Feijó. Atuou no Conselho Municipal de Cultura e na fundação da APAE. Foi também redator do jornal A cidade de Itu. N’A Federação, assinava artigos sobre temas cristãos e sobre o dia a dia da cidade.
Com o seu assassinato, em 23 de julho de 1981, mais uma vez o jornal ficou acéfalo e a cidade perdeu um grande colaborador, que ainda atuava na educação, na direção do IBAO.
Em 01.08.1981, Maria de Lourdes Pacini assim se referiu a ele: “- Professor “Zinho”, pode publicar isso aqui? Era assim que, habitualmente, o encontrava na redação da “A Federação”, com aquele sorriso um pouco triste e uma calma evangélica no olhar (…) falávamos das vicissitudes da vida, dos panoramas nacional e internacional, da história e do passado de Itu: suas lutas e suas glórias sempiternas.”