25º Domingo do Tempo Comum

Diác. Bartolomeu de
Almeida LopesParóquia São Judas Tadeu
“Ninguém pode servir a dois senhores.”
Evangelho ( Lc 16,1-13 )
Os Sagrados Escritos nos apresentam Jesus em sua catequese aos discípulos, que estavam sendo preparados para as diversas situações que deveriam enfrentar quando Ele já não estivesse mais com eles. Deveriam ter cuidado ao opinar, caso fossem chamados a conduzir ou a dar um parecer em certas ocasiões de uma comunidade ainda em processo inicial de catequese, que não compreendia plenamente as dificuldades do dia a dia, ou que poderiam vir a surgir ao longo da caminhada.
Na parábola apresentada por São Lucas, neste texto evangélico, encontramos uma exortação do próprio Jesus, dirigida tanto aos seus primeiros seguidores quanto a cada um de nós, hoje.
O texto se apresenta em duas partes. Na primeira, é relatada a denúncia que chega ao proprietário sobre abusos cometidos pelo administrador. Isso aborreceu o homem rico, que então chamou o administrador e o advertiu para que tais fatos não se repetissem, pois sua formação era de uma administração justa e correta, que cuidadosamente não permitia que fatos desagradáveis ocorressem em relação à comunidade que trabalhava em sua propriedade. As coisas deveriam ser conduzidas com fidelidade e respeito, tanto pelo administrador quanto pelos serviçais. Ou seja, as pessoas que plantavam naquela terra preparada e colhiam seus frutos deveriam agir com justiça; caso contrário, não poderiam continuar a exercer suas atividades.
Na segunda parte, o administrador toma uma decisão após refletir sobre a possibilidade de ser afastado do cargo. Ele procura tornar-se amigo, parceiro e conselheiro daqueles que plantavam e colhiam, e que tinham dívidas com o patrão. Reduz, então, as dívidas de acordo com sua astúcia e sabedoria, e essa atitude de diminuir as dívidas o aproximou daquela comunidade, tornando-se um gesto de conquista de amizade.
O administrador transmite ao povo a ideia de estar beneficiando-os, mas, na realidade, buscava o próprio benefício, utilizando-se do que não era seu, mas do patrão.
Jesus, no entanto, elogia a prudência do administrador, que soube tomar uma decisão que, embora nascida de uma intenção egoísta, resultou em benefício para o próximo — no caso, a comunidade.
Não devemos pensar que Jesus apoia o erro do administrador, mas sim que valoriza a decisão de renunciar aos bens mundanos.
O Reino de Deus já chegou; é preciso tomar atitudes antes que seja tarde demais. Converter-se e viver conforme a mensagem de Jesus.
Os bens interiores do homem devem orientar e conduzir o uso dos bens materiais, aqueles que vêm de fora, do mundo.
A ação de Deus, por meio do Espírito Santo, é que regula e guia o homem para os verdadeiros Bens Espirituais!
Deus abençoe a todos!